“Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provém de Deus e não de nós. Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo. Estando embora vivos, somos a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus apareça em nossa carne mortal.” 2º Coríntios 4,7-11
Mesmo participando de orações fortes e ungidas nem sempre ficamos bem. Temos até uma vida em comunidade com determinada qualidade, mas isso não significa que vamos estar sempre animados e empolgados em servir a Deus e seguir os ensinamentos de Jesus. Tolos somos em pensar que por sermos cristãos (e carismáticos) estamos isentos das dificuldades diárias.
Em alguns momentos, mesmo eu orando e buscando a graça de Deus acabo por sentir uma dor na alma. Pensamentos negativos vem a minha mente. Começo a pensar que tudo dará errado: sou tentado a imaginar que toda a minha fé é uma grande ilusão e de que nada adianta prosseguir. É um verdadeiro combate interior. Se não começo a rezar, todo esse sentimento negativo e desmotivador acaba por tomar a minha pessoa. Mas também devo ser sincero: a oração nesses momentos nem sempre causam uma consolação. Somente tenho uma pequena melhoria em meu estado de ânimo. Ainda ficamos desalentado e com o conflito dentro de mim.
Nessa situação, eu gostei sempre de meditar 2º Coríntios 4,7-11. Fico imaginando São Paulo escrevendo estas palavras. Como ele, sendo um grande evangelizador foi sensato e realista. Deus permite que seus filhos tão amados sejam oprimidos, vivam em completa penúria (penúria até mesmo material), sejam perseguidos e vivam o abatimento.
Sim: o verdadeiro cristão viverá momentos de opressão e abatimento. O verdadeiro cristão ficará abatido em alguns momentos, e Deus simplesmente permitirá esta situação. Talvez o abatimento seja a forma de Deus permitir que nossa alma procure por Ele.
Mas voltemos ao texto: Deus permite que fiquemos abatidos. Mas destruídos não! Deus permite o abatimento, mas não permite a nossa aniquilação. Que em meio ao sofrimento tenhamos isto em mente:
Deus permite que sejamos oprimidos. Mas não sucumbiremos.
Deus permite que sejamos perseguidos. Mas desamparados nunca.
Deus permite que fiquemos abatidos. Mas destruídos não. Repito: destruídos não.
Você que lê este texto, talvez tenha vivido tempos difíceis. Mesmo em meio ao sofrimento e ao abatimento de sua vida, faça a escolha de olhar para Deus é dizer-lhe:
“Deus, obrigado estar comigo e por não permitir que eu venha a me sucumbir, a ser desamparado. Obrigado Deus, porque o Senhor não permite que eu seja destruído.”
Lembre-se: abatido em alguns momentos sim. Destruído nunca.
Deus te abençoe.
***
Sempre que escrevo um artigo, procuro estar em oração. Quase sempre, me vêm a mente alguns amigos. Não sei o motivo para tal. Rezo para que o texto seja fonte de conforto e graça para as suas vidas. Dedico em especial para estes três amigos: Camilla Carvalho (fique firme amiga). Lorena Vilela (saudades de ti gatinha!) e Ana Paula Ferreira (sinto sua falta, minha “Nossa Senhora Aparecida”).
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